Em uma iniciativa que destaca o empenho o com a qualificação dos serviços culturais, a Coordenadora Municipal de Cultura de Brasilândia, Jhenifer Ragnaroni, e a diretora da Biblioteca Municipal, Fernanda Brito, estiveram imersas no universo literário durante os dias 05, 06 e 07 de outubro, na Bienal do Pantanal, em Campo Grande. A agenda intensa incluiu participação em seminários, contato com escritores e a missão de captar as tendências e políticas públicas do setor para aplicar no município.
A programação começou no domingo (05) com o Seminário do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Na ocasião, as gestoras acompanharam a apresentação do livro “Retratos da Leitura no Brasil”, com Zoara Failla, do Instituto Pró-Livro, e discutiram as estratégias do Ministério da Cultura para uma política cultural descentralizada, com Fabiano Piúba.
Para Jhenifer Ragnaroni, a experiência vai além da atualização profissional. “Eventos como esse são vitais para cidades como a nossa. Saímos daqui com uma mala cheia de ideias e contatos que vão nos ajudar a revolucionar o acesso à cultura e à leitura em Brasilândia. É sobre conectar nossa comunidade às políticas nacionais”, destaca a coordenadora.
Na segunda-feira (06), o debate girou em torno do “Livro e leitura na era digital”, com Jéferson Assumpção (MinC), e do papel de instituições como o Itaú Cultural no fomento à leitura, com Luciana Barroso Campos. À tarde, o tema foi a importância do Sistema Público de Bibliotecas como equipamentos culturais essenciais, com representantes da UNESCO e do MinC.
“Cada palestra foi uma peça que se encaixa no quebra-cabeça que estamos montando aqui. A Biblioteca Municipal não pode ser apenas um depósito de livros; precisa ser um espaço vivo, de convivência e de descoberta. E estamos trazendo exatamente isso”, comemora a diretora Fernanda Brito.
O encerramento da missão, na terça-feira (07), foi dedicado ao Encontro do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Mato Grosso do Sul, um momento crucial para o alinhamento das ações municipais com as diretrizes estaduais, mediado por Melly Sena, da Fundação de Cultura de MS.
A participação brasilandense na Bienal simboliza um investimento silencioso, porém estratégico, no futuro cultural da cidade. É o pontapé inicial para que novas histórias, autores e projetos literários possam, em breve, circular com mais força pelas ruas, escolas e pela estante de cada leitor da cidade.