Nem mesmo o sol intenso desta quarta-feira (02) ofuscou o brilho da solidariedade que tomou conta da Praça Santa Maria. Dezenas de pessoas, entre familiares, simpatizantes e autoridades, se uniram na caminhada em prol da inclusão de pessoas autistas, marcando as comemorações pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo em Brasilândia. O evento, que cumpre a Lei Municipal 2.970/2022, percorreu a Avenida São José e terminou no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), no complexo do CRM, com uma programação repleta de emoção e aprendizado.
União pelo Respeito e Inclusão
A prefeita Márcia Amaral, que acompanhou todo o trajeto, destacou o papel das famílias e do poder público na luta por direitos. "Nós nos colocamos à disposição e estamos de portas abertas para receber a todos. A inclusão não é um favor, é um dever de toda a sociedade", afirmou. A presidente da Câmara Municipal, Jô Silva, reforçou a parceria entre Legislativo e Executivo: "Trabalhamos juntos para garantir políticas públicas que transformem vidas."
Representando a secretária Municipal de Educação, Maria Inês, a coordenadora Eunice Mello Estevam destacou a importância da empatia e do respeito na formação dos estudantes. Ela ressaltou que a inclusão escolar só é possível quando há acolhimento tanto dos alunos quanto de suas famílias. O CAEE faz parte da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
O evento também contou com a presença de outros secretários municipais: Patrícia Lopes (Mulher) e a adjunta Elis Andréia, Mara Nilza (Saúde) e o adjunto Paulo Andrade, Emília Vichete (Assistência) e a adjunta Samanta Pereira, Valdinei Soares (Esportes) e o adjunto Walderley Pedro de Souza.
Roda de Conversa: Informação e Empatia
No CAEE, uma roda de conversa mediada pela mestre de cerimônias reuniu especialistas e famílias.
A Neuropsicóloga Josilene Aline Fransneli lembrou sobre um caso de diagnóstico e os avanços alcançados em Brasilândia até agora.
A psicóloga Beatriz da Silva Dias, da Secretaria Municipal de Saúde falou sobre a importância do diagnóstico precoce e a rede de apoio disponível.
A psicopedagoga Amanda Rodrigues Pasotti, do CAEE apresentou os trabalhos da instituição e a importância da tríade família, escola e profissionais clínicos.
A advogada Emily Priscila, da Secretaria Municipal da Mulher, do Núcleo Psicossocial, destacou o grupo terapêutico para mães neuroatípicas, espaço de troca e acolhimento.
A emoção tomou conta quando Laís Costa, mãe neuroatípica, compartilhou suas histórias de superação. "Ser mãe de autista é aprender a enxergar o mundo com outros olhos", disse Láis, sob aplausos.
Brasilândia de Azul pela Inclusão
Além do evento, o Cristo localizado no centro da cidade está iluminado na cor azul ao longo deste mês para lembrar a importância da campanha.