Secretaria Municipal de Saúde por meio do Núcleo de Vigilância em Saúde realizou entre os dias 22 e 25 de fevereiro, a Atividade de Educação em IST (Infecção Sexual Transmissível), na qual foram ministradas ações de conscientização e orientação em diversos pontos estratégicos do município.
A ação, que envolveu as profissionais de saúde, enfermeira Selma Mendonça Siqueira e a assistente social Carmem Irigojen Olmedo Galiani, estendeu-se até o período noturno no dia 25, sábado, no centro da cidade, tendo sidos distribuídos 14.200 preservativos.
CAMPANHA
Este ano, o Ministério da Saúde lançou a campanha com o slogan "No Carnaval, use camisinha e viva essa grande festa!", sendo que o público alvo são os jovens, já que essa é a faixa etária que menos usa camisinha. De acordo com o Ministério da Saúde, a Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas indica que quanto mais jovem, menor é o uso da camisinha. Enquanto 31,8% dos jovens de 16 e 17 anos não usaram preservativos em sua primeira relação sexual, esse índice sobe para mais de 40% entre os jovens de 13 a 15 anos.
Segundo o Ministério da Saúde, a Aids avança na faixa etária de 20 a 24 anos, na qual a taxa de detecção subiu de 15,6 casos por 100 mil habitantes, em 2006, para 21,8 casos em 2015. Entre os mais jovens, de 15 a 19 anos, o índice mais que dobrou, passando de 2,8 em 2006 para 5,8 em 2015.
Outra característica preocupante é que, dentre todas as faixas etárias, a adesão ao tratamento nesse grupo é a mais baixa. Apenas 29,2% dos 44 mil jovens identificados no Sistema Único de Saúde (SUS) com a doença estão em tratamento. Os dados mostram que a cobertura cresce à medida que aumenta a idade das pessoas vivendo com HIV e Aids. Na faixa de 25 a 34 anos, esse percentual é de 77,5%, mantendo-se superior a 80% em todas as outras faixas etárias até chegar a 84,3% entre os indivíduos acima de 50 anos.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado no final do ano passado, 827 mil pessoas vivem com o HIV. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, no período de 2010 a 2015.